Ocorre no mês de fevereiro a conscientização do Dia Internacional contra o Câncer Infantil. A data busca promover debates e apoiar atividades das organizações da sociedade civil voltadas para o tema, assim como oferecer apoio a pacientes e familiares.
Mas, antes de falar sobre os cuidados contra o câncer em pacientes infantis, é preciso entendê-lo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, o câncer infantojuvenil consiste na “proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo”. O câncer infantil costuma ser mais agressivo, porque ao contrário do que acontece com os adultos, prejudica células do sistema sanguíneo e tecidos de sustentação.
O Observatório Global do Câncer estima que 29.000 crianças entre 0 e 19 anos são diagnosticadas com câncer todos os anos. No entanto, a possibilidade de recuperação é maior. Em países desenvolvidos, as chances de cura chegam a 80%.
A saúde e câncer infantil no Brasil
Em países da América Latina e Caribe, no entanto, as chances de cura caem para 55%, sendo ainda menor em países subdesenvolvidos. Enquanto país da América Latina, o Brasil também faz parte deste último dado. Isso se deve às condições muitas vezes precárias do sistema de saúde público no país, o SUS. Falta de recursos e estrutura para o atendimento à população dificultam o acesso ao diagnóstico precoce, o que afeta diretamente as chances de recuperação.
Segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que avaliou a qualidade de consultas prestadas a crianças abaixo dos 13 anos, por exemplo, tanto a pontuação geral quanto individual dos estados não alcançou o requisito mínimo de 6,6 pontos. Além disso, atualmente o câncer é a segunda maior causa da morte de crianças e adolescentes, diz a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ficando atrás apenas de causas externas.
Diagnóstico precoce é essencial
Flora Mitie Watanabe, do setor de Oncologia do Hospital Pequeno Príncipe, hospital pediátrico que é referência no atendimento de casos de média e alta complexidade, aponta que “crianças e adolescentes respondem melhor ao tratamento com quimioterapia. Por isso, é importante que a doença seja descoberta o quanto antes”. Ou seja, o diagnóstico precoce do câncer infantil é vital para a recuperação da criança.
Para isso é preciso sempre observar a presença de sintomas persistentes e incomuns. Preste atenção em casos de: febre alta, dores persistentes, falta de apetite e perda de peso que duram dias ou até mesmo meses. Dores de cabeça, tontura, palidez e inchaço em alguma parte do corpo também devem ser observados.
Lembre-se de que a prevenção e o diagnóstico feito nas fases iniciais da doença são fatores importantíssimos para que a criança tenha boas chances de recuperação e possa desfrutar de uma vida longa e saudável.
#PassosIndica
Quer saber mais sobre o câncer infantil e a importância do diagnóstico precoce? Assista à live das especialistas Sima Ferman e Laurenice Pires, disponível neste link no YouTube.
Também recomendamos a cartilha do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), que explica através de fluxogramas e uma linguagem descomplicada quais são os tipos de câncer infantil e seus sintomas.