Em 1985, o Papa João Paulo II e outros idealizadores criaram o Dia Mundial da Juventude com o objetivo de pensar na promoção e reflexão de atividades voltadas para o público jovem de todo o planeta. Atualmente, a data é celebrada anualmente no dia 30 de março. Há uma outra data que abrange esse grupo: o Dia dos Jovens, comemorado no dia 13 de abril. Nesses dias, a Organização das Nações Unidas (ONU) e diversas entidades ao redor do globo promovem discussões que visam a capacitação, garantia de direitos e interesses da juventude.
A promoção de debates e criação de políticas voltadas para os jovens se mostrou ainda mais importante durante a pandemia de Covid-19. Segundo dados da Fiocruz, 1.422 crianças e adolescentes morreram por conta da doença até dezembro de 2021. Com isso, o Brasil foi o segundo país com mais mortes nessa faixa etária. Jovens em situação de vulnerabilidade, principalmente negros e indígenas da periferia, sofreram ainda mais.
A realidade dos jovens no Brasil
Com o fechamento das escolas, o aprendizado e direito à educação também foram comprometidos. Uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apontou que o Brasil poderia regredir até duas décadas no aprendizado. Em novembro de 2020, pelo menos 5 milhões de jovens, entre 6 e 17 anos, não tinham acesso à educação. A principal razão foi a falta de acesso a equipamentos que possibilitassem o acesso a aulas remotas.
A pandemia e o fechamento das escolas também contribuíram com outro agravante: a violência. Segundo Rodrigo Cézar Medina da Cunha, coordenador do centro de apoio operacional das Promotorias da Infância e Juventude, “A escola é um lugar onde a criança é muito vista e costuma revelar violências que sofreu para profissionais que contam com a sua confiança. Na pandemia os conflitos familiares se acirraram. Houve um aumento da violência intrafamiliar. Em muitos casos a criança ficou sob os cuidados diretamente da pessoa que violava seus direitos, sem que os casos fossem denunciados”. Esses fatores resultaram no acesso reduzido e subnotificação nos casos de violência contra jovens.
O que dizem as projeções para os próximos anos
No entanto, as expectativas para o futuro não são de todo negativas. Em fevereiro deste ano, dados do programa “Fica Vivo!” mostram que houve uma redução de 43% nos homicídios de jovens em comparação ao ano passado.
Além disso, estados brasileiros estão desenvolvendo programas com foco em integrar os jovens na sociedade e garantir seu direito e cidadania. É o caso da cidade de Sobral, no Ceará, que anunciou o investimento de cerca de três milhões de reais. O objetivo foi estimular criação de programas que estimulem empregabilidade, suporte social e o aprendizado de artes marciais. Dessa forma, visando o desenvolvimento integral da juventude.
Passos da Criança e juventude: qual é a relação?
É óbvia a importância de implementar políticas e programas que beneficiem o crescimento social e profissional da juventude. Jovens bem formados e cientes de seus direitos contribuirão para o desenvolvimento social pleno. Assim, os jovens serão capazes de lidar com a pressão de um mundo cada vez mais exigente. Mas como a Passos se encaixa nesse cenário?
Através de programas de desenvolvimento e integração. A Passos realiza a oferta de atividades socioeducativas de cultura, esporte e lazer, alimentação, atendimentos psicossociais para os jovens e suas famílias e arrecadação e doação de artigos de higiene e vestuário. Dessa forma, é possível trabalhar para garantir o desenvolvimento integral dos jovens da comunidade, possibilitando a garantia de seus direitos e desenvolvimento seguro.